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Proteção e conservação de Florestas e ecossistemas associados
A complexidade de ecossistemas presentes necessidade de avaliações e inventários biológicos, integrando Universidades e Centros de Pesquisa. Estudos em andamento buscam descrever os principais grupos botânicos presentes na propriedade e interelações com os recursos hídricos e propriedades lindeiras. A associação de campos e florestar foram uma riqueza de ambientes e corredores de biodiversidade, fornecendo abrigo e habitats para espécies da fauna brasileira ameaçada de extinção.
Proteção e conservação da fauna ameaçada de extinção
A diversidade de habitas e sua estabilidade possibillitam o desenvolvimento de importante diversidade de espécies animais. A mastofauna presente indica a importância do desenvolvimento de estudos ecológicos e de impactos decorrentes da mudança no regime de uso e ocupação do solo das propriedades lindeiras. Nos estudos realizados em 2023 e 2024 foram distribuídas armadilhas fotogrpaficas em pontos estratégicos da propriedade, identificando espécies importantes, com ênfase a presença de Puma concolor (Leão baio), Leopardus pardalis (Jaguatirica), Herpailurus yagouaroundi (Gato Mourisco), Nasua nasua (Quati), Mazama americana (Veado Mateiro), entre outros.
Manejo do gado e pecuária sustentável
O manejo adequado do gado em áreas de floresta ombrófila mista com campo é crucial para garantir a preservação do ecossistema e a sustentabilidade da atividade pecuária. Esse tipo de floresta, encontrada em regiões como o sul do Brasil, é caracterizada pela presença de araucárias e outros componentes de mata de altitude, além de áreas campestres. Abaixo estão alguns cuidados fundamentais para o manejo sustentável do gado nesses ambientes:
1. Controle de Pastoreio
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Carga Animal Adequada: É essencial manter a densidade de gado dentro de limites que a pastagem natural e os recursos da floresta possam suportar sem se degradar. O excesso de animais pode causar compactação do solo, destruição de vegetação nativa e erosão.
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Rotação de Pastagem: Implementar um sistema de rotação entre diferentes áreas da propriedade para permitir a recuperação da vegetação e minimizar a sobrecarga em uma área específica.
2. Proteção de Nascentes e Cursos de Água
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As áreas ripárias, que margeiam cursos d'água, são extremamente sensíveis à degradação causada pelo pisoteio do gado e pela erosão. É fundamental criar cercas ao redor de nascentes e rios para impedir o acesso direto dos animais, preservando a vegetação e a qualidade da água.
3. Manutenção da Vegetação Nativa
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A preservação de árvores nativas, como as araucárias, e a recuperação de áreas degradadas com espécies típicas da floresta ombrófila mista são ações essenciais. O gado pode ser uma ameaça à regeneração natural dessas espécies, devido ao pisoteio de mudas e ao consumo de brotos. Assim, cercar áreas de regeneração e promover plantios é uma medida importante.
4. Compatibilização entre Pecuária e Biodiversidade
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A fauna nativa deve ser protegida de forma a coexistir com a atividade pecuária. A manutenção de corredores ecológicos e áreas de refúgio dentro das propriedades ajuda na preservação de espécies locais.
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Monitoramento da Fauna e Flora: É aconselhável acompanhar a diversidade de espécies, tanto vegetais quanto animais, e ajustar o manejo conforme necessário para garantir que a pecuária não esteja impactando negativamente esses componentes.
5. Uso de Pastagens Naturais e Evitar Plantas Exóticas Invasoras
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Priorizar o uso de pastagens nativas, que estão mais adaptadas ao ecossistema local e oferecem suporte à biodiversidade. Evitar o plantio de gramíneas exóticas que podem se tornar invasoras e competir com a vegetação nativa, alterando a dinâmica ecológica da floresta.
6. Educação e Capacitação dos Produtores Rurais
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É fundamental que os produtores sejam capacitados para o manejo sustentável, entendendo a importância ecológica da floresta ombrófila mista e sua relação com a sustentabilidade a longo prazo da produção de gado.
7. Redução do Impacto das Trilhas de Gado
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O movimento constante de animais em trilhas pode criar sulcos que canalizam água da chuva, resultando em erosão. Criar e manter trilhas controladas e, quando possível, proteger áreas mais frágeis com barreiras vegetais pode mitigar esses impactos.
8. Sistema Silvipastoril
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A integração de árvores com a pecuária é uma prática que pode beneficiar tanto a produção de gado quanto a preservação florestal. No sistema silvipastoril, as árvores fornecem sombra para os animais, reduzem o estresse térmico e, ao mesmo tempo, ajudam na manutenção da biodiversidade e na melhoria da qualidade do solo.
Portanto,, o manejo sustentável do gado em uma floresta ombrófila mista com campo requer práticas que equilibrem a produção agropecuária com a conservação ambiental. A adoção dessas medidas não só ajuda a proteger a biodiversidade local, mas também garante a viabilidade econômica e ecológica da atividade a longo prazo.
Educação Ambiental e conservação da biodiversidade
A Educação Ambiental (EA) desempenha um papel essencial na proteção e conservação da biodiversidade no Brasil, um dos países mais ricos em diversidade biológica do mundo. Com uma vasta extensão territorial e ecossistemas diversos, como a Floresta Amazônica, o Cerrado e a Mata Atlântica, o Brasil abriga uma infinidade de espécies de fauna e flora. No entanto, essa riqueza está ameaçada por problemas como desmatamento, degradação ambiental, exploração excessiva dos recursos naturais e mudanças climáticas. Nesse contexto, a Educação Ambiental surge como uma ferramenta estratégica para promover a conscientização e a formação de uma cidadania ambientalmente responsável.
1. Educação Ambiental e a Proteção da Biodiversidade
A Educação Ambiental é um processo que visa formar indivíduos conscientes de suas responsabilidades na preservação do meio ambiente e na utilização sustentável dos recursos naturais. Ao fornecer informações sobre a interdependência entre os seres vivos e os ecossistemas, a EA capacita as pessoas a entenderem o impacto de suas ações no meio ambiente. No Brasil, a biodiversidade é crucial para a manutenção de serviços ecossistêmicos, como a regulação do clima, a purificação da água e a polinização, que são essenciais para a sobrevivência humana. A educação ambiental, ao fomentar uma cultura de respeito e cuidado com o meio ambiente, ajuda a proteger esses serviços, contribuindo diretamente para a preservação da biodiversidade.
2. Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA)
No Brasil, a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), instituída pela Lei nº 9.795/1999, estabelece as diretrizes para a implementação da educação ambiental em todo o país. A PNEA define a Educação Ambiental como um componente essencial da educação, sendo integrada em todos os níveis de ensino, tanto no sistema formal quanto no não formal. A política visa promover a participação da sociedade na conservação e melhoria do meio ambiente e, por meio dela, garantir a sustentabilidade dos ecossistemas brasileiros.A PNEA também incentiva a realização de atividades educativas voltadas para a conscientização sobre a importância da conservação da biodiversidade, tanto nas escolas quanto nas comunidades. A educação ambiental, conforme estipulado na política, deve ser interdisciplinar e participativa, promovendo um entendimento integral sobre as questões ambientais e sobre a relação entre sociedade e natureza.
3. Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB)
A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), adotada durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), da qual o Brasil é signatário, reconhece a educação e a conscientização pública como ferramentas essenciais para alcançar os seus três principais objetivos: a conservação da biodiversidade, o uso sustentável dos seus componentes e a repartição justa e equitativa dos benefícios derivados do uso dos recursos genéticos.No Brasil, a implementação das diretrizes da CDB tem sido fundamental para orientar as políticas de conservação da biodiversidade. A convenção incentiva os países a desenvolverem programas de educação ambiental que incluam a conscientização sobre a diversidade biológica e a importância de sua preservação para a manutenção dos ecossistemas. A educação ambiental, neste sentido, atua como um elo entre o compromisso do Brasil com a CDB e a prática de ações locais que visam a conservação da biodiversidade.
4. A Educação Ambiental como Fator Transformador
A Educação Ambiental no Brasil, ao cumprir as diretrizes da PNEA e os compromissos estabelecidos pela CDB, tem o poder de transformar a sociedade em prol da conservação da biodiversidade. Ela atua na formação de cidadãos críticos e conscientes, capazes de entender a complexidade das questões ambientais e de adotar comportamentos mais sustentáveis. Além disso, a EA promove a valorização dos saberes tradicionais das populações indígenas e comunidades locais, que desempenham um papel importante na proteção da biodiversidade por meio do manejo sustentável dos recursos naturais.Programas de educação ambiental, realizados por meio de escolas, ONGs, governos e iniciativas privadas, têm mostrado resultados positivos na preservação de áreas de ecossistemas únicos e na conscientização das novas gerações sobre os desafios ambientais. Essas ações, aliadas às políticas públicas e ao cumprimento de acordos internacionais, como a CDB, são essenciais para que o Brasil consiga proteger sua imensa biodiversidade.
A Educação Ambiental é um pilar fundamental para a proteção e conservação da biodiversidade no Brasil. Através dela, é possível formar cidadãos mais conscientes e engajados na proteção dos ecossistemas, assegurando o cumprimento de políticas nacionais, como a PNEA, e compromissos globais, como a CDB. Ao educar as gerações presentes e futuras sobre a importância de preservar a diversidade biológica, o Brasil fortalece sua posição como uma das nações mais importantes na luta global pela conservação ambiental.
